Na última segunda-feira, dia 23/03/2019, o IBI organizou em São Paulo um debate sobre o livro “O início do Sionismo no Brasil – Ambiguidades da História”, de Michel Gherman, com mediação de Rafael Kruchin. O evento foi realizado em parceria com a Livraria Martins Fontes, a Editora Unifesp e com apoio da B’nai B’rith.
O debate abordou a importância de se discutir o sionismo no Brasil, historicamente e na atualidade. Michel chamou atenção para a falta de conhecimento sobre o conceito de sionismo, que tornou-se um tabu em muitos setores da sociedade brasileira. “Existem múltiplas visões dentro do movimento sionista. Sionismo, como sempre digo, deve ser dito no plural”, defendeu.
Para o professor, também coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Árabes e Judaicos da UFRJ, fala-se muito sobre sionismo no Brasil, mas de maneira estereotipada e pouco qualificada. Também não se discute a questão fora do contexto europeu, ou seja, fala-se pouco ou quase nada das especificidades do caso brasileiro, que muito tem a contribuir para o debate sobre sionismo.
“Hoje o sionismo é tratado principalmente a partir de perspectivas políticas e ideológicas. Isso tem inviabilizado o seu estudo”, explica o historiador. “O livro pretende inaugurar uma nova fase desses estudos no Brasil”, completa.
Na quinta-feira, dia 29/03, o debate foi no Rio de Janeiro, junto do lançamento do livro “Luz sobre o Caos: Educação e Memória do Holocausto”, de Carlos Reiss. O evento foi realizado em conjunto com o grupo Judeus pela Democracia, o movimento juvenil Hashomer Hatzair Rio de Janeiro, o Centro Cultural Mordechai Anilevitch e com o Núcleo Interdisciplinar de Estudos Árabes e Judaicos da UFRJ.