A Juventude Judaica Massorti da Comunidade Shalom recebeu o Instituto Brasil-Israel no último sábado, 09/06, para uma palestra sobre temas envolvendo o Estado de Israel e a disputa de narrativas.
O cientista social Daniel Douek começou o bate-papo lembrando o massacre de Hebron, de 1929. “O episódio é considerado um dos marcos iniciais da violência entre entre árabes e judeus na então Palestina, à época do mandato britânico. Na ocasião, dezenas de judeus foram assassinados, casas e estabelecimentos de judeus foram incendiados ou tiveram suas vidraças quebradas por pedras, sinagogas foram saqueadas e livros sagrados vandalizados por parte da população árabe local”, afirmou.
“Por outro lado, o mesmo episódio poderia ser considerado o marco zero da coexistência entre árabes e judeus, uma vez que muitas famílias de judeus foram abrigadas por famílias árabes, que as esconderam em suas casas”, explicou às 30 pessoas presentes.
“Interpretações da história muitas vezes nos levam a becos sem saídas e nos aprisionam em construções essencialistas do ‘outro’. Entrincheirados em posicionamentos excludentes, somos levados a leituras do presente que nos afastam de qualquer possibilidade de aproximação com aqueles que consideramos inimigos. Olhar para episódios do passado e do presente de maneira renovada, buscando os fatos menos conhecidos, é parte da tentativa de escapar desse buraco”, concluiu.
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