Hoje, há exatos 83 anos, Joseph Goebels, o ministro responsável pela propaganda do governo de Hitler, aproveitou o assassinato do diplomata alemão Ernst von Rath, morto pelo judeu Herschel Grynszpan, para justificar e ordenar ataques das unidades paramilitares nazistas contra a população judia na Alemanha e na Áustria.
Os judeus já vinham sofrendo ataques antissemitas e o assassinato do diplomata alemão foi como um “estopim” para os nazistas, que se aproveitaram da situação para iniciar os ataques de maneira sistemática e em massa. Um espécie de pogrom organizado.
Essa chacina antissemita, ou esse grande pogrom, que começou no dia 9 e terminou no dia 10 de novembro 1938, ficou conhecida como a “Noite dos Cristais”, e é considerada como um marco do início, um prenúncio e uma prova da crueldade que seria o regime nazista de Adolf Hitler.
É estimado que o número de vidas perdidas varie entre algumas centenas e 1.300 pessoas assassinadas ou forçadas ao suicídio – muito mais do que as 91 mortes declaradas oficialmente após os ataques. Nesse pogrom também foram destruídas e depredadas aproximadamente 1.400 sinagogas e salas de oração, e 7.500 estabelecimentos judaicos.
Após a “Noite dos Cristais”, cerca de 30 mil pessoas judias – em sua maioria homens – foram levadas para campos de concentração. O nome “Noite dos Cristais” dado a esse pogrom faz menção aos cacos de vidros que se espalharam pelas grandes cidades alemãs, decorrentes da destruição de vidraças de lojas que pertenciam a judeus.