Em Israel, são muitas as organizações que realizam trabalhos ligados à promoção dos direitos humanos. Entre as principais pautas estão os direitos das mulheres, dos cidadãos árabes de Israel, dos judeus oriundos dos países árabes e dos palestinos que vivem em Gaza e na Cisjordânia.
Conheça algumas delas!
Adalah – Centro Legal para os Direitos das Minorias Árabes em Israel
Adalah significa “justiça”, em árabe. A organização visa promover os direitos humanos em Israel em geral e os direitos da minoria palestina, cidadãos de Israel, em particular (cerca de 1,5 milhão de pessoas, ou 20% do total). O trabalho inclui a promoção e defesa dos direitos humanos de todos os indivíduos sujeitos à jurisdição do Estado de Israel (por exemplo, residentes palestinos dos Territórios Ocupados). Segundo o site da instituição, trata-se do primeiro centro legal administrado pelos árabes palestinos em Israel, e a única organização palestina que trabalha perante os tribunais israelenses para proteger os direitos humanos dos palestinos em Israel e nos Territórios Ocupados.
Associação Pelos Direitos Civis em Israel – The Association for Civil Rights in Israel (ACRI)
Fundada em 1972, a ACRI é a mais antiga e maior organização de direitos humanos de Israel e a única que lida com todo o espectro de direitos e questões de liberdades civis em Israel e nos Territórios Ocupados, segundo afirmam em seu site. Visa garantir a responsabilidade e o respeito de Israel pelos direitos humanos, abordando violações cometidas pelas autoridades israelenses em Israel, nos territórios ocupados ou em qualquer outro lugar.
B’Tselem – Centro Israelense de Informação para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados
Organização sem fins lucrativos sediada em Jerusalém que se esforça para acabar com a ocupação dos territórios palestinos, reconhecendo que esta é a única maneira de garantir um futuro que assegure direitos humanos, democracia, liberdade e igualdade a todos os povos que habitam na região. B’Tselem significa, literalmente, “à imagem de”. O nome é uma alusão ao livro Gênesis capítulo 1, versículo 27, que diz: “E Deus criou a humanidade à Sua imagem. À imagem de Deus, Ele os criou ”. Expressa, assim, o decreto moral judaico e universal de respeitar e defender os direitos humanos de todas as pessoas.
Fundada em 2005, seu objetivo é proteger a liberdade de movimento dos palestinos, especialmente os moradores de Gaza. A organização promove direitos garantidos pelas leis internacional e israelense. Gisha significa “acesso” e “abordagem”.
A organização foca a questão de Jerusalém no contexto do conflito israelo-palestino. “Ir Amim” significa “Cidade das Nações” ou “Cidade dos Povos”. Seu objetivo é tornar Jerusalém uma cidade que garanta a dignidade e o bem-estar de todos os seus moradores e proteja seus locais sagrados, heranças históricas e culturais – hoje e no futuro. A instituição aspira a um futuro político sustentável para Jerusalém como capital compartilhada de dois estados soberanos – alcançáveis apenas através de um processo de paz negociado entre israelenses e palestinos.
Organização voluntária de mulheres israelenses que monitora e documenta a conduta de soldados e poiciais nos postos de controle da Cisjordânia. Apoia o direito dos palestinos de circular livremente em suas terras e de se opor aos postos de controle que restringem severamente a vida cotidiana palestina. A palavra “machsom” em hebraico é utilizada para designar os postos de controle.
Médicos pelos Direitos Humanos – Israel – Physicians for Human Rights–Israel (PHRI)
A organização trabalha para promover uma sociedade justa onde o direito à saúde é concedido igualmente a todas as pessoas sob responsabilidade de Israel, seja em Israel ou nos Territórios Ocupados. Foi fundada em 1988 por um grupo de médicos israelenses liderados pelo Dr. Ruchama Marton.
O grupo Mulheres do Kotel reúne mulheres judias de todo o mundo que se esforçam para obter o direito feminino de usar xales de oração (talit), orar e ler a Torá coletivamente e em voz alta no Muro das Lamentações (Kotel) em Jerusalém. O Muro das Lamentações é o local mais sagrado do judaísmo e o principal símbolo do povo judeu, e as Mulheres do Kotel trabalham para torná-lo um local onde as mulheres possam rezar livremente.
NA’AMAT – Movimento das Mulheres Trabalhadoras e Voluntários
Maior organização de mulheres em Israel. Anteriormente chamada de Moetzet Hapoalot (Conselho de Mulheres que Trabalham), foi estabelecida em 1921 por jovens trabalhadoras que imigraram à Palestina no início dos anos 20. É uma organização organização política multipartidária sem fins lucrativos dedicada a melhorar o status das mulheres em Israel e promover a igualdade entre os sexos – na família, no trabalho, na sociedade e na economia. Todas as mulheres que integram a Histadrut (Federação Geral do Trabalho) são membros da NA’AMAT.
Fundada em 1920 em resposta às necessidades de mulheres e crianças em Israel, é uma organização não partidária dedicada ao avanço do status da mulher, bem-estar para todos os setores da sociedade israelense. Visa uma sociedade israelense sionista, humanista e baseada na igualdade de oportunidades, focada na educação e no bem-estar das crianças, jovens e mulheres, em cooperação com a diáspora judaica.
Quebrando o Silêncio – Breaking the Silence
Organização de ex-combatentes que tem por objetivo expor o público israelense à realidade da vida cotidiana nos Territórios Ocupados. O grupo se esforça para estimular o debate público sobre o preço pago por uma realidade na qual os jovens soldados enfrentam diariamente uma população civil e estão envolvidos no controle da vida cotidiana dessa população. “Nosso trabalho visa acabar com a ocupação”, afirmam em seu site.
Rabinos pelos Direitos Humanos – Rabbis for Human Rights
Fundada em 1988, a organização reúne rabinos de diversas linhas religiosas em defesa da tradição judaica e da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Sua missão é informar o público israelense sobre violações dos direitos humanos e pressionar as instituições do Estado a corrigir injustiças.
The Mizrahi Democratic Rainbow Coalition
Organização de judeus Mizrahi (oriundos de terras árabes e muçulmanas) que busca promover a justiça social em, Israel. Tem como objetivo de provocar uma mudança na sociedade israelense para implementar valores da democracia, direitos humanos, justiça social, igualdade e multiculturalismo. Descreve-se como “Mizrahi em seus objetivos, universal em suas crenças e abertos a todos aqueles que se identificam com seus valores”. Foi fundada em 1996 por um grupo de intelectuais, pensadores e artistas.