Colaborador do IBI Guilherme Casarões deu entrevista ao jornal americano The Algemeiner sobre as eleições no Brasil.
Casarões analisou o posicionamento do candidato Jair Bolsonaro em relação a Israel e a postura da comunidade judaica brasileira.
“A comunidade judaica está dividida com relação ao Bolsonaro”, afirmou o analista. “Meu palpite é que grande parte dos judeus brasileiros vai votar no Bolsonaro com reservas, movidos por uma rejeição ao PT”, explicou. “Há frações menores da comunidade que votarão em Bolsonaro por convicção, ou que votarão no (candidato rival Fernando) Haddad tanto por afinidade ideológica como porque vêem Bolsonaro como uma ameaça à democracia”.
A matéria explica que Bolsonaro apelou para o apoio da comunidade judaica adotando uma postura pró-estado de Israel, lembrando de uma frase do candidato: “Meu coração é verde, amarelo, azul e branco”, em uma referência às cores das bandeiras brasileira e israelense.
Casarões lembrou também que o PT manteve manteve boas relações com Israel durante o governo Lula: “O comércio bilateral disparou e o Brasil trabalhou por um acordo de livre comércio entre o bloco comercial do Mercosul e Israel ”, argumentou. “Além disso, apesar das intensas relações com os países árabes, Lula tentou manter uma abordagem imparcial do conflito israelo-palestino, tendo feito visitas oficiais aos dois países em 2010”.
Em contrapartida, a postura não perdurou no governo Dilma, marcado pela troca de farpas entre Brasil e Israel.
Confira a matéria original e na íntegra: https://www.algemeiner.com/2018/10/15/large-share-of-brazils-jews-will-vote-for-right-wing-presidential-candidate-bolsonaro-despite-reservations-says-political-analyst/?utm_content=news1&utm_medium=daily_email&utm_campaign=email&utm_source=internal/