Hoje completam-se 45 anos do início da Guerra do Iom Kipur.
Em 6 de outubro de 1973, uma coalizão envolvendo Egito e Síria atacou Israel durante o feriado judaico de Iom Kipur (Dia do Perdão), momento em que grande parte da população está em jejum.
Na ocasião, o Egito pegou Israel de surpresa vindo pela fronteira sul, atravessando o Canal de Suez e avançando em direção ao Sinai. Já o exército sírio avançou pela fronteira norte, ocupando parte das Colinas do Golã. O motivo alegado foi a tentativa de recuperação dos territórios perdidos para Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
O confronto, que durou 20 dias, deixou marcas profundas nas nações participantes. Milhares de pessoas morreram, incluindo grande quantidade de soldados israelenses. Suas consequências são analisadas até hoje por especialistas do mundo inteiro. Uma das teses é que a guerra pavimentou o caminho para os acordos de Camp David, por meio dos quais o Egito foi o primeiro país árabe a reconhecer o Estado de Israel e conseguiu, em troca, devolução da península do Sinai. Outra consequência foi a chamada a “crise do petróleo”, em que países árabes membros da Opep passaram a negar a venda de petróleo a países que apoiassem Israel.
Embora Israel tenha triunfado na guerra, o sentimento no país não é exatamente de vitória. O número de baixas e os risco existencial minaram a euforia do sucesso retumbante na Guerra dos Seis Dias, seis anos antes.