Cerca de setenta pessoas compareceram à exibição do filme Hotel Everest, promovido pelo IBI, no último domingo, na sede da Bnai Brit.
O documentário – dirigido por Claudia Sobral – relata encontros capitaneados pela ONG Center for Emerging Futures, que junta israelenses e palestinos para rodas de conversas sobre o conflito. Dois personagens conduzem o filme: o palestino Ibrahim Issa e o israelense Eden Fuchs.
Após a exibição Claudia respondeu perguntas da plateia. Para a diretora, que também já dirigiu um filme sobre parentes de nazistas e sobreviventes do Holocausto, é necessário abrir espaços de diálogo: “Não me interessou fazer um filme sobre o conflito entre israelenses e palestinos, mas contar a história dessas pessoas. São relatos de resistência. Não é fácil sentar e ouvir o outro lado”, disse. A cineasta também chamou a atenção para as iniciativas feitas pela sociedade civil israelense e palestina “É a única saída. Conversando com os personagens percebe-se que as histórias são de muita dor. Muito medo. Isso precisa parar. Inúmeras organizações fazem um trabalho sério pela paz, é preciso olhar para elas.”, revelou.
Nadia Yunis, uma das líderes do movimento Women Wage Peace – no qual árabes e israelenses marcham pela paz – estava na plateia e perguntou a um dos protagonistas do filme por videoconferência, Eden Fuchs, o que era necessário para que mais iniciativas como a de sua organização tenham êxito. Fuchs afirmou ser um grande apoiador do movimento e reafirmou que é necessário que as organizações se ajudem, pois a paz virá da sociedade.
O debate foi finalizado com um recado da diretora para judeus e árabes da diáspora “Precisamos lutar pelo diálogo sempre. Conversar com o outro”.