Na tradição judaica, o tempo é muitas vezes referido como espaço sagrado, assim como o livro seria o verdadeiro templo do povo judeu. Para Spinoza, o tempo é meramente um acidente do movimento, um modo de pensar. Já Heschel considerava o tempo o coração da existência. Para Freud, o inconsciente humano é alheio à cronologia, num estado de atemporalidade ou de tempos múltiplos. Há visões muito diversas sobre a forma como o judaísmo encara o conceito de tempo, mas de que forma essas relações moldam a identidade judaica, hoje?
Para conversar sobre o tema, convidamos Gabri Kucuruza, que é artista, bacharel em Ciências Sociais e cursa mestrado em História, Política e Bens Culturais pela FGV CPDOC. Integra o Grupo de Pesquisa “Diálogos da Diáspora: Racismo e Antissemitismo” do Labô e o IBI no Campus, e a coletivo judaico Kehilá Judies ao Sul.