11 Dicas de compras para aproveitar a 24ª festa do livro da USP

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A Festa do Livro da USP volta a ser presencial na 24ª edição! Diversas editoras se reúnem na Universidade de São Paulo, com centenas de títulos com descontos especiais. O evento acontece entre os dias 9 e 12 de novembro na Cidade Universitária, de quarta a sexta das 9h às 21h e no sábado das 9h às 19h.

O IBI preparou dicas de livros das editoras que participam da feira, com temas relacionados a Israel, Palestina, judaísmo e mais. Confira!

1. COMO CURAR UM FANÁTICO. ISRAEL E PALESTINA: ENTRE O CERTO E O CERTO, de Amós Oz

Editora: Companhia das Letras

De: 39,90. Por: R$ 19,95

O romancista Amós Oz cresceu na Jerusalém dividida pela guerra, testemunhando em primeira mão as consequências perniciosas do fanatismo. Em dois ensaios concisos e poderosos, o autor oferece uma visão única sobre a natureza do extremismo e propõe uma aproximação respeitosa e ponderada para solucionar o conflito entre Israel e Palestina. Ao final do livro há ainda uma contextualização ampla envolvendo a retirada de Israel da Faixa de Gaza, a morte de Yasser Arafat e a Guerra do Iraque. A brilhante clareza desses ensaios, ao lado do senso de humor único do autor para iluminar questões graves, confere novo fôlego a esse antigo debate. Oz argumenta que o conflito entre Israel e Palestina não é uma guerra entre religiões, culturas ou mesmo tradições, mas, acima de tudo, uma disputa por território – e ela não será resolvida com maior compreensão, apenas com um doloroso compromisso. Não se trata, argumenta Oz, de uma luta maniqueísta entre certo e errado, mas de uma tragédia no sentido mais antigo e preciso do termo: uma batalha entre o certo e o certo. Sem temer a polêmica, o livro apresenta argumentos precisos favoráveis a uma solução que acomoda dois estados nacionais diferentes e também realiza um diagnóstico sutil sobre a natureza do fanatismo, calcada na predominância dos sentimentos sobre a reflexão. Esclarecedor e inspirado, Como curar um fanático é uma voz de sanidade em meio à cacofonia das relações entre Israel e Palestina – voz que ninguém pode se dar ao luxo de ignorar. (Sinopse da editora)

2. MAIS DE UMA LUZ – FANATISMO, FÉ E CONVIVÊNCIA NO SÉCULO XXIde Amós Oz

Editora: Companhia das Letras

De R$ 47,90. Por R$ 23,95

Com Mais de uma luz, o grande romancista Amós Oz se confirma também como um dos mais poderosos ensaístas da atualidade. O livro reúne três ensaios: no primeiro, Oz revê e amplia seu contundente artigo “Como curar um fanático”, argumentando em defesa da controvérsia e da diferença. Afinal, um fanático nunca entra num debate: se ele considera que algo é ruim, seu dever é liquidar imediatamente aquela abominação. No segundo ensaio, inspirado no livro Os judeus e as palavras, o autor tece uma belíssima reflexão sobre o judaísmo como eterno jogo de interpretação, reinterpretação, contrainterpretação. A fé nada teria a ver com a ideia de verdades eternas ou absolutas; o judaísmo, para Oz, é justamente a cultura do questionamento – e do debate. O texto final discute a candente questão da convivência em uma das regiões mais disputadas do mundo. Oz propõe um diálogo com a esquerda pacifista, sugerindo que se abandone o sonho de um estado binacional como solução para os conflitos entre Israel e Palestina – a saída, para ele, estaria na existência de dois estados nacionais diferentes. (Sinopse da editora)

3. ASSIM FOI AUSCHWITZ, de Primo Levi e Leonardo De Benedetti

Editora: Companhia das Letras

De R$ 54,90. Por R$ 27,45

Primo Levi era um químico de apenas 24 anos quando foi capturado pelas forças fascistas italianas e deportado para o campo de concentração de Auschwitz, a fábrica da morte construída pelo regime nazista para executar judeus, homossexuais, comunistas e ciganos. Em 1945, após sua libertação, militares soviéticos encarregaram Levi e outro prisioneiro, o médico Leonardo De Benedetti, de elaborar um relatório detalhado sobre as abomináveis condições de saúde dos campos. O resultado foi o “Relatório sobre Auschwitz”, um testemunho extraordinário e pioneiro dos campos de concentração, e ainda hoje uma peça impressionante a respeito da prática clínica num lugar de desumanização e extermínio. Detalhes escabrosos, escatológicos e aviltantes a respeito do cotidiano de médicos, enfermeiros e pacientes são apresentados numa prosa sóbria, cristalina e antissentimental. Publicado em 1946 numa revista científica, o relato inauguraria o trabalho de Primo Levi como escritor – sua estreia oficial se deu no ano seguinte, com É isto um homem?. Nas quatro décadas seguintes, Primo Levi nunca deixaria de contar a experiência em Auschwitz em textos, a maioria inédita em livro, agora recolhidos neste volume. São relatos, depoimentos, cartas e comentários, publicados quase até as vésperas da morte de Levi, em 1987. Invocam, com o poder do testemunho e a desconcertante claridade de sua prosa, a agonia de milhões de pessoas que experimentaram o inferno em um sistema diabolicamente concebido para espoliar do homem tudo o que ele tem – seu corpo, sua esperança e, por fim, sua própria vida.(Sinopse da editora)

4. ISRAEL-PALESTINA: A CONSTRUÇÃO DA PAZ VISTA DE UMA PERSPECTIVA GLOBAL, de Gilberto Dupas (Org.) e Tullo Vigevani (Org.)

Editora: Unesp

De: R$ 74,00. Por: R$ 37,00

Dois povos se envolvem num conflito persistente que parece resistir incólume a cada tentativa de pacificação. Israelenses e palestinos propõem a negociadores e analistas um enorme quebra-cabeça político, cada vez mais associado ao fanatismo religioso e nacionalista. Existiria uma forma de acabar com o que parece ser um infindável derramamento de sangue? O que explica o fracasso de uma solução estável para a guerra na região? Este livro procura expor a complexidade dessas perguntas e fornecer elementos que permitam entender e entrever as condições necessárias para uma resposta. (Sinopse da editora)

5. A QUESTÃO DA PALESTINA, de Edward Said

Editora: Unesp

De: R$ 74,00. Por: R$ 37,00

Esta obra indispensável de Edward Said, ícone da resistência política e cultural da Palestina, é editada pela primeira vez no Brasil. Escrita entre 1977 e 1978 e publicada originalmente em 1979, foi atualizada pelo autor no prefácio à edição de 1992. Nesse texto, Said lembra que entre 1978 e 1992, quando considerava a questão palestina “a última grande causa do século 20”, um mundo novo havia surgido, moldado por inúmeros fatos. No Oriente Médio, a invasão do Líbano por Israel, em 1982, o início da longa intifada, em 1987, a crise e a Guerra do Golfo, de 1990 a 1991, e a conferência de paz de 1991, além da revolução iraniana. No Leste Europeu, a dissolução da União Soviética, na África, a libertação de Nelson Mandela e a independência da Namíbia e, na Ásia, o fim da guerra do Afeganistão. “No entanto, causando estranheza e infortúnio, a questão palestina persiste – sem solução, aparentemente irreconciliável, indomável”, escreveu Said, mudando o tom ligeiramente otimista que imprimiu ao livro. (Sinopse da editora)

6. A BIBLIOTECÁRIA DE AUSCHWITZ, de Antonio G. Iturbe 

Editora: Harper Collins

De R$ 44,90. Por R$ 22,45

Muitas histórias do horror e sofrimento testemunhados dentro dos campos de concentração nazistas são contadas e recontadas, já estão gravadas e arquivadas. É difícil, nesses relatos, encontrar atos de esperança e força diante de todo o mal registrado durante o Holocausto. A Bibliotecária de Auschwitz é um livro diferente. É uma história verdadeira e cheia de detalhes a respeito de um professor judeu, Fredy Hirsh, que criou uma escola secreta dentro do bloco 31, no campo de concentração de Auschwitz, dedicando-se a lecionar para cerca de 5 crianças. Criou também uma biblioteca de poucos volumes com a ajuda de Dita Dorachova, uma menina judia de 14 anos que se arriscava para manter viva a esperança trazida pelo conhecimento e escondia os livros embaixo do vestido. É um registro de uma época sofrida da História, mas que também mostra a coragem de pessoas que não se renderam ao terror e se mantiveram firmes usando os livros como ‘arma’. (Sinopse da editora)

7. A MULHER DO OFICIAL NAZISTA, Edith Hahn Beer 

Editora: Harper Collins 

De R$ 34,90. Por 17,45 

Até onde você iria para sobreviver a uma guerra? Edith Hahn era uma mulher austríaca extrovertida e de opinião forte quando a Gestapo aprisionou os judeus em um gueto e, depois, em um campo de trabalhos forçados. Quando Edith retornou à Viena, ela sabia que seria cassada pelos nazistas. Resolve, com a ajuda de uma amiga cristã, criar uma nova identidade. Assim emerge Grete Denner. Foi como Grete que ela conheceu Werner Vetter, um membro do partido nazista que se apaixonou perdidamente por ela. Apesar de seus protestos e de confessar ser judia, Werner a pediu em casamento e manteve sua identidade em segredo. Neste relato incrível, Edith conta como era viver em constante medo. Ela revela como os oficiais nazistas casualmente questionavam a linhagem de seus pais; como ela recusou analgésicos durante o parto de sua filha; o momento em que seu marido foi capturado pelos soviéticos e ela foi expulsa de sua casa, escondendo-se em escombros porque soldados russos bêbados estupravam mulheres na rua. Suas experiências formam um testemunho emocionante de um dos períodos mais avassaladores da história. (Sinopse da editora)

8. CAÇA AO JUDEU, Tuvia Tenenbom 

Editora: Martins Fontes 

De R$ 69,00. Por R$ 34,50

“Caça ao judeu” narra as aventuras do jornalista gonzo Tuvia Tenenbom, que circulou por Israel e pela Autoridade Palestina durante sete meses – em alguns momentos, com grave risco para a própria vida –, em busca das verdades não contadas da Terra Santa atual. Dos intelectuais autoexecradores de Tel Aviv aos executivos da OLP de Ramallah, interessados em se autopromover, dos judeus ultraortodoxos de Jerusalém, envoltos em trajes pretos, aos radiantes ativistas estrangeiros dos direitos humanos em Nablus, Tenenbom trava contato com os habitantes locais, passando a conhecê-los e desarmando a todos, enquanto divide o pão e se mistura com toda e qualquer pessoa. Alternadamente tocante, enfurecedor e de fazer rir às gargalhadas, este livro revelador e sem precedentes expõe às claras a intensidade de uma terra turbulenta, pessoa por pessoa, cidade por cidade e refeição por refeição. Você nunca mais verá Israel da mesma maneira. (Sinopse da editora)

9. UMA NOITE MARKOVITCH, por Ayelet Gundar-Goshen

Editora: Todavia

De R$ 89,90. Por R$ 44,95

Às vésperas da Segunda Guerra, um grupo de jovens vai da Palestina à Europa. Lá, jovens judias que nunca conheceram os esperam. O objetivo: casamentos fictícios com os quais as meninas poderão escapar da Europa sob Hitler e alcançar a futura pátria judaica, então sob o domínio britânico. Dois dos jovens são amigos íntimos, mas muito diferentes. Zeev Feinberg, um sujeito alto e musculoso, acostumado a ter mulheres a seus pés. O outro, Iaakov Markovitch, é um cara monótono e sem carisma. No entanto, é Markovitch quem fica com a mulher mais bonita, e, quando eles alcançam Israel e se recusa a se divorciar, com a esperança de que ela o amará algum dia.(Sinopse da editora)

10. DESPERTAR OS LEÕES, por Ayelet Gundar-Goshen 

Editora: Todavia 

De R$ 86,90. Por R$ 43,45 

O neurocirurgião Eitan Green parece ter a vida perfeita. Transferido com relutância de Tel Aviv para a poeirenta Beer Sheva, à beira do deserto, o médico compra um carro novo para transitar pelas estradas tomadas pela areia. Certa ocasião, ele atropela alguém e foge do local. A vítima é um imigrante africano. As consequências o conduzirão a um mundo de segredos e mentiras que ele nunca poderia ter imaginado. Um dos nomes mais importantes da literatura israelense contemporânea, Ayelet Gundar-Goshen constrói um suspense humanitário sobre dilemas morais que faz o leitor mergulhar em um mundo desconhecido e palpitante. (Sinopse da editora)

11. O NÃO JUDEU JUDEU: A TENTATIVA DE COLONIZAÇÃO DO JUDAÍSMO PELO BOLSONARISMO, por Michel Gherman 

Editora: Fósforo 

De R$ 69,90. Por R$ 34,95

Em 2017, manifestantes se reuniram na porta da Hebraica do Rio de Janeiro para protestar contra uma palestra que aconteceria no clube. Do interior, judeus de viés político conservador aguardavam pelo então candidato à presidência e representante máximo da extrema-direita brasileira, Jair Messias Bolsonaro. Num discurso que se tornaria memorioso, o futuro presidente expôs parte da comunidade judaica a uma mistura nefasta de antissemitismo, racismo e confusão histórica — e, ainda assim, foi publicamente ovacionado, ao mesmo tempo que criou uma cisão naquela comunidade.

Do lado de fora da Hebraica estava Michel Gherman, professor de sociologia da UFRJ, universidade onde também atua como pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos. Além de se manifestar contra o político, o autor colhia impressões que mais tarde elaboraria neste ensaio, O não judeu judeu: A tentativa de colonização do judaísmo pelo bolsonarismo, incontornável para entender o Brasil atual. Nele, Gherman traça um panorama de como Bolsonaro se infiltrou na comunidade judaica e isolou os judeus de esquerda, manejando a influência que construiu a partir do pensamento reacionário de Olavo de Carvalho. Mesclando experiências religiosas pessoais a episódios históricos dos judeus no país, Gherman apresenta parte desse grupo como um recorte da classe média conservadora que apoiou a barbárie em troca da manutenção de privilégios sociais, entre eles o pertencimento à branquitude brasileira. Das prostitutas polacas, responsáveis pela primeira organização judaica do Brasil, aos judeus combatentes da ditadura militar, entre os quais o emblemático Vladimir Herzog, O não judeu judeu ultrapassa as particularidades do grupo e configura-se como uma análise da sociedade que se deixou enganar pelo discurso fascista de um político de baixo escalão e encontrou o caminho contrário à liberdade pela qual tanto lutou. (Sinopse da editora)

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