A população judaica é composta por diversas identidades. Uma parte dela se define, também, como negra.
No Brasil este grupo, embora pouco conhecido, vem ganhando projeção e representatividade, mas com muitos desafios pela frente.
“No imaginário social brasileiro, as identidades judaica e negra poucas vezes são postas como identidades coexistentes, mas sim conflitantes. Isso gera um apagamento dos negros judeus, anulando suas existências e vivências”, afirma Rafael Kruchin, coordenador de programas e projetos do Instituto Brasil-Israel.
É dentro deste contexto que o Instituto Brasil-Israel (IBI) está criando o coletivo Judeidade e Negritude, que tem como objetivo conscientizar e tornar visível esta comunidade, e colocar em pauta as questões pertinentes a ela, como por exemplo o antissemitismo e o racismo, unidos por gramáticas similares.
A live de lançamento do coletivo, “Judeus negros na comunidade judaica: vivências múltiplas”, acontece nesta sexta, dia 11/03, às 17h, com Fercho Marquéz-Elul, doutorando em Artes Visuais pela UFRGS, participante da comunidade Masorti (linha conservadora judaica) de Porto Alegre; Ariel Strauss, estudante de Geografia na UFF; e mediação por Thayane Fernandes, cientista social, poeta, mestra e doutoranda em Antropologia, e militante da Articulação Negra de Pernambuco.
“Endereçar as vivências e existências dos judeus negros no Brasil é educar sobre a riqueza do judaísmo e da judeidade”, explica Fercho Marquéz-Elul.
Serviço:
Live: “Judeus negros na comunidade judaica: vivências múltiplas”.
Quando: Sexta, 11/03, às 17h.
Onde: A transmissão será através do Instagram do IBI.