Como estão as relações de Israel com o mundo

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O último episódio do podcast “E eu com isso?” do IBI do ano, apresentado por Amanda Hatzyrah e Ana Clara Buchmann, é sobre as relações exteriores de Israel com o resto do mundo, em especial com os EUA (seu maior parceiro econômico e político) e os países árabes. As apresentadoras conversaram com a jornalista Daniela Kresch, que é correspondente em Israel da Folha de S.Paulo, da rádio França Internacional em português e colaboradora do IBI. 

Na semana retrasada, o ex-presidente norte-americano Donald Trump, resolveu “cavocar no baú do seu governo”, sua frustração com Bibi Netanyahu. As manchetes disseram, então, “Vai se fod**r, Netanyahu”. Essa frase veio em uma entrevista na qual Trump contava mais sobre sua relação com o premiê israelense, e sua decepção ao ver que Israel foi o primeiro país a felicitar Biden pela vitória nas eleições (o que não é verdade). Daniela explicou essa e outras histórias no episódio. Algumas aspas interessantes da correspondente em Israel na conversa: 

“Israel não pode nunca brigar com o governo americano. Israel só existe porque os americanos apoiam Israel. (…) Durante o relacionamento tumultuoso entre o Barack Obama e o “Bibi” [Benjamin Netanyahu], quem segurava as pontas era o Biden, porque o Biden sempre foi um cara mais alinhado com a questão israelense”

“O fato do “Bibi” ter apoiado o Trump de maneira cega, ido atrás do Trump e ter falado mal dos democratas – uma coisa que nenhum primeiro-ministro israelense jamais havia feito – fez com que houvesse uma divisão no Congresso americano entre contra e favor de Israel, algo que não existia antes”

“Os israelenses estão eufóricos agora que Marrocos, Emirados Árabes Unidos [estão retomando as relações diplomáticas com Israel]. Para os israelenses isso é como um novo “acordo do Egito de 40 anos atrás” [Acordos de Camp David]. Os israelenses estão muito felizes, tudo que tem a ver com os Emirados Árabes, com Bahrein e existem boatos de que talvez o Sudão [volte a estabelecer relações diplomáticas com Israel] e talvez até a Arabia Saudita”

“(…) O Biden não quer “meter a mão nessa cumbuca do Oriente Médio”, principalmente depois do que aconteceu com o Afeganistão”

“Os países do Oriente Médio estão se unindo para cooperar e isso é bom para Israel. Você vê essa cooperação dos Emirados Árabes com o Egito, com a Arabia Saudita, porque todo mundo que eu citei não gosta do Irã. Então, o Irã é o grande imã que faz com que outros países, incluindo Israel, que há muito tempo anseia e almeja ser parte desse “clubinho do Oriente Médio”. E isso está acontecendo porque estão vendo os EUA “tirar a mão” [do Oriente Médio] e isso pode ser bom para Israel e a região inteira”

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