Artista israelense é destaque na “34ª Bienal: Faz escuro mas eu canto”

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Noa Eshkol foi uma artista, coreógrafa, dançarina e professora israelense nascida em 1924.

Na década de 1950, juntamente com o arquiteto Avraham Wachman, desenvolveu um sistema de notação do movimento que, através de uma combinação de símbolos e números, permite anotar os movimentos do corpo e organizá-los em categorias, passíveis de análise e repetição. A partir desses estudos, produziu diversas coreografias que não dependiam de acompanhamento musical e de figurino.

Em 1973, quando um de seus principais dançarinos foi convocado para o serviço militar na Guerra do Yom Kipur, interrompeu seu trabalho na dança e iniciou a produção dos Wall Carpets, que estão expostos na 34ª Bienal de São Paulo. “Essas composições, que variam entre abstrações e naturezas-mortas, surgiram do desejo da artista de fazer algo que não envolvesse uma decisão intelectual”, diz a descrição da coleção de obras na Bienal.

Muitos dos valores e modos organizacionais que atravessam o trabalho de Eshkol podem ser atribuídos à influência do kibutz com sua fusão de crenças utópicas, sionistas e socialistas. Os pais de Eshkol participaram da fundação de Degania Bet, o kibutz no qual ela nasceu, com o seu pai, Levi Eshkol, tornando-se o terceiro primeiro-ministro de Israel.

“O legado de Eshkol também pode ser visto como uma contribuição para um conjunto de práticas culturais israelenses distintas que foram desenvolvidas nas décadas de formação do país”, diz o texto descritivo do catálogo da exposição SHARON LOCKHART/ NOA ESHKOL no Museu de Arte do Condado de Los Angeles.

Inicialmente prevista para 2020, mas adiada por conta da pandemia, a Bienal tem como tema deste ano a frase “Faz escuro mas eu canto”, um verso do poeta amazonense Thiago de Mello escrito em 1965. A mostra reúne mais de 1.100 trabalhos de 91 artistas de todos os continentes.

As visitas não precisam ser agendadas previamente, mas é obrigatório o uso de máscaras e a apresentação de um comprovante de vacinação contra Covid-19, com pelo menos uma dose, para a entrada no pavilhão. O “passaporte da vacina” poderá ser apresentado por aplicativo de celular, chamado E-saúde, ou em formato físico.

Parque do Ibirapuera. Horários: terça, quarta, sexta e domingo, das 10h às 19h (última entrada às 18h30); quinta e sábado, das 10h às 21h (última entrada às 20h30). Até 5/12. Grátis.

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