Ontem começou a COP26, 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reúne cerca de 200 países signatários.
As pautas passam pela redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, diminuição do desmatamento e proteção de populações vulnerabilizadas.
Qual o papel de Israel na luta contra as mudanças climáticas?
Israel é reconhecido mundialmente como líder nas áreas de energia solar, de alternativas sustentáveis de proteína, tecnologia agrícola e dessalinização.
Apesar do deserto cobrir cerca de 60% do território, o país é um dos primeiros do mundo em inovação hídrica e possui um dos maiores números de startups per capita.
Cerca de 86% da água em Israel é reciclada e usada para fins agrícolas. Para efeito de comparação, a taxa de reciclagem de água nos EUA é inferior a 10.
No segundo dia da Conferência, o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, discursou e falou sobre a criação do “Plano de 100 etapas”, que serve para promover energia limpa e reduzir os gases de efeito estufa no país, e sobre a força-tarefa “The Green Sandbox”, para fornecer fundos para startups e garantir menos burocracia.
Bennett disse que pela primeira vez, Israel está se comprometendo a reduzir as emissões de gases de efeito estufa para zero líquido até 2050 e que o uso de carvão será eliminado até 2025.
Uma das grandes questões ambientais de Israel é o Mar Morto, que está encolhendo lentamente, resultado de anos de desvio de água do rio Jordão, para consumo e agricultura, e de danos causados por empresas de extração mineral para fabricação de cosméticos.
A ministra da proteção ambiental, Tamar Zandberg, disse que sua equipe está negociando um novo acordo legislativo com estas empresas, que estão entre os piores poluidores de Israel.