“A luta não é entre antissemitas e judeus. A luta é entre antissemitas e qualquer um que acredite em valores de equidade, justiça e liberdade.” Essa frase foi dita pelo Ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, em um discurso em 14 de julho de 2021.
O antissemitismo e o ódio aos judeus que, pra muitos, parece coisa do passado, mas não é. Os casos de violência e ataques contra judeus em todo mundo aumentam e geram grandes preocupações e, claro, medo.
Como o antissemitismo se modernizou? O que mudou nele ao longo dos anos? E por que ele continua tão atual?
Amanda Hatzyrah e Ana Clara Buchmann conversaram com Maria Luiza Tucci, doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), livre-docente pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana da USP, pesquisadora de temas como holocausto, autoritarismo, antissemitismo e memória, autora de diversos livros, como “Dez mitos sobre os judeus”, “O Anti-semitismo nas Américas: História e Memória”, entre outros.
Para ela, elementos como “populismo, xenofobia, racismo, discriminação, entre outros, fazem parte de uma postura que favorece a circulação do antissemitismo”. Tucci iniciou a conversa fazendo menção à historiadora Anita Novinsky, grande referência na pesquisa da história judaica no Brasil, que faleceu esta semana.
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