Yair Lapid anunciou ontem a formação de uma coalizão para substituir o primeiro ministro Benjamin Netanyahu, há doze anos no cargo. Vários partidos com diferentes ideologias se uniram, formando uma espécie de “Frankenstein” da política israelense. É difícil saber se essa coalizão difusa vai sobreviver. Listamos aqui alguns desafios que terá pela frente.
1. POLARIZAÇÕES DA SOCIEDADE
A sociedade israelense é atravessada por muitas divisões: esquerda versus direita, religiosos versus seculares, judeus versus não judeus, entre outras. A frente ampla que compõe o novo governo incorpora internamente todas essas polarizações e terá que lidar com o seu eleitorado difuso.
2. QUESTÃO PALESTINA
A manutenção do status quo foi uma das marcas da gestão Netanyahu e, na última década, não houve avanço nas negociações com os palestinos. A recente escalada de violência, porém, revela que a questão palestina segue viva e precisará ser endereçada.
3. MINORIA ÁRABE
As tensões sem precedentes entre judeus e não judeus nas cidades israelenses têm preocupado muitos analistas. Com a saída dos partidos religiosos ultraortodoxos e a entrada do Partido Islâmico na coalizão, espera-se que esse tema seja uma das prioridades do novo governo, no sentido de integrar melhor os árabes à sociedade israelense.