A programação “Diálogos Literários Brasil-Israel”, nosso espaço na FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty, está de volta!
Acompanhe as mesas da programação com convidados brasileiros e israelenses através do nosso Facebook e no canal da FLIP no YouTube, no dia 18/01, a partir das 11h.
Esperamos você para mais um dia de diálogos literários entre Brasil e Israel!
DIÁLOGOS LITERÁRIOS BRASIL-ISRAEL
18/01/2020
Mesa 1 – 11h
Do outro lado mora gente
Luiz Eduardo Soares
Gershon Baskin
Mediação: Michel Gherman
Brasil e Israel são muito diferentes entre si. Tamanho, religiões e história os separam mais do que aproximam. No entanto, há questões semelhantes entre os dois países principalmente no campo da resolução de conflitos, especialmente no que diz respeito à territorialidade e segurança. Seja por conta da violência urbana gerada por organizações criminosas ou por conta das ações de grupos terroristas, ambos os países lidam diariamente com a mediação de conflitos. Nessa mesa, Gershon Baskin e Luís Eduardo Soares vão conversar sobre violência e segurança pública no Brasil e em Israel.
Luiz Eduardo Soares é escritor, dramaturgo, antropólogo, cientista político e pós-doutor em Filosofa Política. É professor visitante da UFRJ, professor aposentado da UERJ e ex-professor do IUPERJ e da UNICAMP. Foi visiting scholar nas Universidades Harvard, Columbia, Virginia e Pittsburgh. Publicou 20 livros, dos quais os mais recentes são “Desmilitarizar; segurança pública e direitos humanos” (Boitempo, 2019), “O Brasil e seu Duplo” (Todavia, 2019) e “Dentro da noite feroz; o fascismo no Brasil” (Boitempo, 2020). Foi Secretário Nacional de Segurança Pública, SubSecretário de Segurança Pública e Coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro, além de Secretário Municipal de Prevenção da Violência em Porto Alegre e Nova Iguaçu.
Gershon Baskin é fundador e líder da organização IsraelPalestine Creative Regional Initiatives. Empreendedor político e social, focado em projetos de energia renovável no Oriente Médio, possui PhD em assuntos internacionais pela University of Greenwich. Conhecido pelo apelido ”O Mediador”, foi responsável pela mediação da libertação do soldado israelense Gilad Shalit após 5 anos e 4 meses nas mãos do Hamas.
Mesa 2 – 14h
A literatura nas bordas da cidade
Lais Botler
Mel Duarte
Mediação: Juliana De Albuquerque
A cidade e o silêncio como material literário para histórias e narrativas. Onde se encontram e desencontram Recife, São Paulo e Tel Aviv? Cidades que convivem com a presença da violência e da desigualdade social de formas distintas, mas igualmente permeadas por processos complexos entre o centro e a periferia e silenciamentos, silêncios e resistências. Nessa conversa, Mel Duarte e Laís Botler apresentam suas reflexões literárias, marcadas pelas complexidades urbanas e por identidades contemporâneas.
Laís Botler é recifense e vive em Israel desde 2013. É doutoranda em Estudos Hispânicos e Latino-americanos na Universidade Hebraica de Jerusalém, onde desenvolve pesquisa sobre lugares e não-lugares na narrativa de Clarice Lispector. É mestre em Educação e Graduada em Letras pela UFPE, e é professora de português para estrangeiros no Centro Cultural da Embaixada do Brasil em Tel Aviv.
Mel Duarte nasceu na primavera de 1988 em São Paulo (SP). É escritora, poeta, slammer, produtora cultural e atua com literatura desde 2006. Também integra a coletiva Slam das Minas SP, batalha de poesias autorais voltada ao gênero feminino.
Mesa 3 – 16h
Onde a literatura encontra o cinema
Flávia Castro
Amos Gitai
Mediação: Flavio Sampaio
Cartas, memórias e relações afetivas estão na obra cinematográfica do israelense Amos Gitai e da brasileira Flávia Castro. Ambos buscam, por meio de documentos históricos e da memória, costurar o tempo presente e mergulhar no passado. Nesta mesa, os dois cineastas falam sobre como a linguagem literária pode servir ao cinema na construção de imagens e narrativas e na política de seu país.
Flavia Castro transita entre documentário e ficção num mesmo movimento de “construção de lembranças”. Ela escreveu e dirigiu o premiado documentário Diário de uma busca (Diary, Letters, Revolutions), 2011 e o longa de ficção “Deslembro” (Unremember) que estreou na seleção oficial do Festival de Veneza 2018, (Mostra Orizzonti) e conquistou prêmios da critica e do publico em diversos festivais. Atualmente, Flavia desenvolve “A saga dos pequenos gestos”, longa de ficção inspirado na biografia “Revolucionário e Gay, a vida extraordinária de Herber Daniel” de James Green.
Amos Gitai nasceu na cidade de Haifa, em Israel. Começou sua carreira como diretor na metade dos anos 1970. Começou a se destacar com o Berlim-Jerusalém (1989), obra condecorada no Festival de Veneza. Gitai alçou fama mundial ao comandar os premiados dramas Laços Sagrados (1999), Kedma (2002) e Rabin, the Last Day (2015).