Em 1973, há exatos 47 anos, Israel foi testemunha de uma das experiências mais traumáticas de sua história. O Ministro da Defesa, Moshe Dayan, conhecido como herói da guerra de 1967, anunciou que Israel poderia estar à beira da destruição de seu Terceiro Templo.
Dayan falava da invasão, pelo sul e pelo norte, de exércitos árabes, no que ficou conhecida como a “Guerra de Yom Kipur”. Tropas sírias, ao norte, avançavam pelo Golan em direção à Galiléia, e ao sul, tropas egípcias entravam pelo Sinai e muravam as cidades do Negev.
Três semanas e quase três mil mortos depois, Israel conseguiu recuperar os territórios tomados, mas a guerra pegou o país completamente desprevenido e se transformou em uma cicatriz, um trauma nacional que mudou o futuro de Israel.
A percepção de si como um Estado forte, capaz de lidar com seus inimigos, que ganhou o sentimento nacional israelense em 67, foi substituída pela possibilidade da derrota, reativando o trauma da iminência da destruição e alterando o sentimento nacional dominante até então.