Símbolos judaicos e israelenses acabam de se fazer presentes em outro lugar na intricada estrutura política-religiosa-criminosa do Rio de Janeiro.
Um grupo ligado ao tráfico de drogas passou a intitular as áreas sob seu controle de “Complexo de Israel”.
Alinhado a perspectivas evangélicas, busca impor a religião em cinco comunidades, onde vivem cerca de 134 mil pessoas: Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-pau.
Não é de hoje que facções do crime utilizam referências de países ou nações para se autodefinirem e definirem os seus inimigos. Mas é claro que tais referências nada têm a ver com os países e nações evocados. Tudo está no campo simbólico.
Estrelas de David e bandeiras de Israel nesse caso nada têm a ver com o judaísmo ou com o Estado de Israel. Forja-se aí um imaginário, idealizado a partir das ideias de força, invencibilidade e redenção. Coisa com a qual já estamos acostumados no Brasil contemporâneo.
Foto de matéria do G1.