Além da luta contra o coronavírus, Israel trava uma luta cultural em tempos de epidemia. Tal qual acontece no Brasil, o governo israelense esta tentando restringir ao máximo as rezas e atividades de culto religioso para conter a disseminação do vírus. Acontece que, para alguns grupos em Israel, principalmente os membros de algumas seitas ultra-ortodoxas, os mandamentos religiosos têm muito mais peso do que as ordens do governo.
Assim, enquanto há diminuição das ações públicas, alguns grupos ultra-ortodoxos mantêm suas atividades em pleno funcionamento. Se até ontem a tendência parecia de diminuição total das atividades, há pouco o Rabino Kamineski, líder dos ultra-religiosos lituanos (grupo amplo e numeroso), determinou que as yeshivot e sinagogas deveriam permanecer abertas.
Fica a pergunta: como reagir a esses grupos religiosos em um país multicultural, em que há liberdade de culto para todos e autonomia para grupos minoritários? Essa é uma questão que também cabe ao Brasil.