No dia 31/10, Omar Thomaz, professor de Antropologia e História da Unicamp, ministrou a última aula do curso do IBI em parceria com a Unibes Cultural, intitulada “Hannah Arendt, árabes e sionistas na fundação de Israel”.
Segundo Omar, o debate sobre o conflito Israel – Palestina exige, mais do que nunca, um retorno ao período fundacional do Estado de Israel. Entre o fim da Grande Guerra e a fundação do Estado não poucos se enfrentaram efetivamente ao universo de relações sociais conflitantes que tensionavam árabes e judeus na busca para a uma solução política para o protetorado. É no período em que está concluindo o seu monumental Origens do Totalitarismo que Hannah Arendt escreve páginas decisivas sobre os dilemas enfrentados por aqueles que lutavam pela independência de Israel. Para ela, os árabes não eram paisagem ou empecilho, antes impunham a Israel o desafio da fundação de um mundo político que não excluísse a existência de minorias. É a maioridade política de todos que possibilita a construção de um Estado efetivamente democrático.
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 15.0px ‘PT Sans’}
p.p2 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 15.0px ‘PT Sans’; min-height: 19.0px}
Os textos de Hannah Arendt sobre os acontecimentos na Palestina nos anos 1940 nos jogam no meio do debate contemporâneo sobre os termos daquilo pelo que vale a pena se bater no mundo contemporâneo: a democracia.