Alguns analistas têm adotado a expressão “eixo da resistência” para se referir ao Irã e seus aliados no Oriente Médio.
É preciso ter cuidado. “Resistência”, palavra de caráter supostamente neutro, que sugere a simples recusa àquilo a que se resiste, costuma encobrir projetos políticos por trás da ação dos grupos que dela se valem.
No Oriente Médio, é bastante comum. Exemplo disso é o Hamas, acrônimo de “Movimento de Resistência Islâmica”, que traz a palavra já no nome. Quando o Hamas comete um ataque terrorista contra a população civil israelense, não está “resistindo” e, sim, tentando implementar uma teocracia islâmica no lugar de Israel.
Da mesma forma, o Irã e seus aliados. Ao ouvir falar em “resistência”, vale se perguntar qual projeto político está por trás e por que, em geral, prefere-se não falar dele, empurrando-o para debaixo do tapete.