Michel Gherman analisa movimento Sionista e a disputa de passados

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A formação de
sionismos, em uma perspectiva plural, esteve no centro da discussão proposta
pelo professor Michel Gherman na última quarta-feira (05), durante a terceira
aula do curso organizado pelo IBI, no Rio de Janeiro. Gherman analisou o uso do
termo no singular como uma forma de exclusão de divergências internas no
movimento. 

Logo no início
do debate, o professor destacou o uso político do sionismo feito pelos
pentecostais, recorte que faz parte da pesquisa desenvolvida pelo Núcleo
Interdisciplinar de Estudos Judaicos e Árabes (NIEJ) da UFRJ, do qual Gherman é
coordenador.

Além disso, o docente
contextualizou o tempo histórico que possibilitou o resgate do questionamento
sobre o que é ser judeu, que ambientou os movimentos e perspectivas surgidas no
século XIX. 

Explorando ao
mesmo tempo seis vertentes do movimento sionista – político, revisionista,
trabalhista, socialista, cultural e territorialista –, Gherman abordou o
pensamento de figuras como Theodor Herzl, Vladimir Jabotinsky, Aaron David
Gordon, Ber Borochov e Ahad Ha’am, importantes lideranças das principais
correntes sionistas dos primeiros Congressos. 

Por fim, Gherman mencionou
eventos históricos que precisam cada vez mais ser revisitados, ainda mais
diante das configurações políticas vividas atualmente, como o caso Dreyfus, que
permite aprofundar questões como o antissemitismo e o surgimento da categoria
de intelectual público.

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