Na terceira aula do curso de formação do IBI, realizada na última quinta-feira, 16/05, em São Paulo, a professora Marta Topel abordou as origens e o desenvolvimento do sionismo, o movimento nacional judaico.
Segundo a professora, em sua história milenar, o judaísmo nunca constituiu um bloco monolítico. Foi principalmente na modernidade que ocorreu a multiplicação de expressões judaicas com o surgimento da figura do judeu laico, que redefiniu sua identidade em termos étnicos, nacionais e culturais.
O Sionismo foi um movimento que originou-se muito em função dessa reconfiguração identitária, isto é, da tradução de certas visões rabínicas a uma linguagem secular. Ainda de acordo com Topel, muitas correntes sionistas separaram-se do judeu e do judaísmo da diáspora por meio da elaboração do “novo judeu”, traduzindo a importância da Terra de Israel a uma linguagem moderna.
Conforme explicou a professora, o movimento sionista surgiu, entre outras coisas, a partir da possibilidade de existência de um judaísmo plural, aberto, secular e moderno.