Em palestra realizada na Casa do Saber no dia 03/12, o professor Guilherme Casarões apresentou um panorama histórico das relações diplomáticas entre Brasil e Israel, desde a criação do Estado Judeu, em 1947, em sessão da ONU presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha.
Casarões apresentou diversas variáveis que regem as relações entre os dois países, como a relação com os EUA, a postura equidistante histórica adotada pelo Brasil no conflito israelo-palestino, o multilateralismo do Brasil na ONU, o comércio com o mundo árabe, entre outras. Também expôs sobre como o Brasil votou na ONU as resoluções que envolveram Israel e a Palestina. Passando pelos governos brasileiros, desde os militares, Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma, o professor comentou quais mudanças devem ocorrer na inclinação no futuro governo Bolsonaro.
Sobre a mudança da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, Casarões explicou algumas das motivações do novo presidente eleito, entre elas, o aceno ao eleitorado evangélico – muitos dos quais são guiados pelo conceito de dispensacionalismo e têm um interesse religioso na mudança. Também um interesse de aproximação com o governo americano de Trump. Casarões, no entanto, questionou se não seria possível fazer uma aproximação com Israel sem precisar mudar a posição histórica de equidistância do Brasil com relação ao país e à Palestina.