“Nem genocídio, nem apartheid: o risco da excepcionalização de Israel” foi o tema da sétima aula do curso de formação do IBI em São Paulo, ministrada por Michel Gherman.
O historiador da UFRJ iniciou o encontro com um exercício de definição de conceitos. “Qual é a matéria prima da História?”, foi uma das provocações feitas aos alunos. A partir dessa provocação, Gherman questionou o uso de termos “genocídio” e “apartheid” para definir o que se passa em Israel.
Um dos pontos de tal questionamento foi dizer que, além dos termos e suas respectivas utilizações serem sempre disputados, há um equívoco na relação direta que se estabelece entre eles e o sionismo.
Grande parte do movimento crítico a Israel atribuí ao sionismo a característica de um projeto genocida e de apartheid, tratando-o como a expressão máxima do projeto sionista, como se esta fosse sua “matéria-prima”.
Para o professor e colaborador do IBI, grande parte do equívoco está aí: no não reconhecimento da pluralidade do sionismo, movimento que, desde o princípio, conta com diferentes “versões”, interpretações e modelos, devendo ser referido no plural, Sionismo-S, e não no singular.