O movimento nacional sionista foi a questão central da sexta aula do curso de formação do IBI no Rio de Janeiro. Michel Gherman ministrou a aula, buscando enfatizar as formas por meio das quais surgiu o sionismo.
Todavia, não foi um processo único e homogêneo, tendo despontado em diversos espaços e tempos. Ainda assim, trata-se de um fenômeno da modernidade judaica na Europa do século XIX e, desta forma, buscou dar conta da questão judaica. O que caracterizou o esforço de normalização do povo judeu em todos os projetos sionistas era a concepção da identidade judaica enquanto nação, assim como todas as outras.
De fato, houve diversos projetos sionistas, já que tratava-se de um movimento plural e diverso internamente, com variadas correntes internas, de esquerda e direita, laicos e religiosos. Todavia, a tendência hegemônica era trabalhista e o movimento como um todo era profundamente antirreligioso.
Apesar de se imaginar como uma continuidade ou um retorno, o sionismo foi algo fundamentalmente novo e inventado no século XIX, assim como as outras correntes judaicas e as outras nações. Deste modo, o movimento sionista não era algo excepcional nem estava numa ilha. Pelo contrário, foi um movimento que buscou responder a questões particulares da modernidade judaica e que foi profundamente influenciado pelos outros movimentos nacionalistas ao seu redor.