Há 46 anos, no dia 5 de setembro de 1972, as 4h30 da manhã, oito integrantes palestinos da Organização Setembro Negro, escalaram as cercas da Vila Olímpica de Munique enquanto os atletas dormiam.
Vestidos com roupas esportivas e carregando mochilas que continham rifles, pistolas e granadas, entraram nos dois apartamentos ocupados pelos israelenses, matando dois deles e fazendo 9 reféns. Reivindicavam a libertação de centenas de prisioneiros.
O sequestro terminou no dia seguinte, após uma malsucedida operação da polícia, que culminou na morte dos reféns e de um policial alemão. Cinco terroristas também foram mortos e outros três, capturados.
O episódio ficou conhecido como o Massacre de Munique.
Os Jogos Olímpicos ficaram suspensos por 34 horas, tendo sido retomados com as bandeiras dos países participantes a meio mastro e sob os protestos de Israel.
Num telegrama enviado para a cúpula da chancelaria israelense em Tel Aviv poucas horas após o início do sequestro, a embaixada de Israel em Bonn explicava os bastidores de uma reunião entre o então presidente do COI, Avery Brundage, e o governo alemão.
O texto dizia: “Foi decidido não interromper os Jogos. Os motivos: 1. a possibilidade de que pará-los possa atrapalhar os esforços da polícia (de resgatar os reféns). 2. A televisão alemã não tem alternativas à programação”.