“Nacionalismos” foi a questão central da terceira aula do curso de formação do IBI no Rio de Janeiro. O professor convidado foi Alexandre Rodrigues.
A proposta foi pensar o surgimento do nacionalismo como a transformação de uma equação entre Estado, Povo e Nação. Segundo o professor, ela muda radicalmente a partir da Revolução Francesa, quando a ideia de povo passa a ser o fiador do poder na política.
Todavia, a própria compreensão do que era uma nação, do que liga todos os nacionais, ainda não era algo consolidado. É durante o longo século XIX, por meio tanto da invenção de uma história quanto de um novo homem a romper com o passado, que se cria esse vínculo.
Ademais, é necessário não olhar a história com um processo com um único fim possível. Assim, foi discutido como o projeto de Estado-Nação como representante do povo se consolidou e triunfou, mas não era o único possível.
Pensando também nos múltiplos processos de construção da nação ao redor do mundo, baseados nos mais diversos critérios e imaginações, o professor sugeriu uma reflexão sobre os limites e futuros do nacionalismo e como isso pode afetar os rumos de Israel e Palestina. Ou, pelo contrário, talvez como transformações da questão nacional entre Israel e Palestina podem fundar novas formas de nação e nacionalismo menos excludentes e mais inclusivas.