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Trinta e cinco importantes autores israelenses escreveram uma carta ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na quinta-feira, convidando-o a não deportar os solicitantes de asilo. “Nós pedimos a você que pare com a deportação de requerentes de asilo da Eritreia e do Sudão, homens e mulheres que carregam cicatrizes horríveis em seus corpos e almas, e filhos nascidos em Israel que nos pedem apenas um coisa: viver”, disse a carta.
Os escritores disseram que a afirmação do governo de que essas pessoas não estão pedindo asilo é “sem fundamento”, e advertiram que a tortura e até a execução os aguardam nos países para os quais serão enviados.
Os autores escreveram a carta em meio a vários outros pronunciamentos públicos em oposição à deportação daqueles que solicitam asilo. Centenas de pessoas participaram, na quarta-feira, de uma manifestação no Knesset, iniciada por membros do próprio parlamento: Michal Rozin (Meretz), Eyal Ben-Reuven (União sionista) e Dov Khenin (Joint List).
Um evento similar, patrocinado pelo Hartman Institute e pelo Rabbis for Human Rights, aconteceu na terça-feira, mesmo dia em que outros protestos também foram realizados em frente às residências dos ministros, e outros membros do Knesset, em Jerusalém, Tel Aviv, Be’er Sheva e Haifa.
Nesta semana, Eli Nehama, diretor da Escola Bialik-Rogozin, em Tel Aviv, com a presença de muitos filhos de famílias que solicitam asilo, pediu ao governo que evitasse as deportações, alertando que essa política é imoral e trágica para as gerações vindouras.
As informações são do Jornal Haaretz: https://www.haaretz.com/israel-news/prominent-israeli-authors-pen-netanyahu-to-not-deport-asylum-seekers-1.5745563
