É comum ouvir também a designação de Esplanada das Mesquitas.Guterres, no âmbito das comemorações do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, afirmou numa entrevista à Radio Israel, em Nova Iorque, que é “completamente claro que o templo que os romanos destruíram em Jerusalém era um templo judeu”. “Ninguém pode negar o facto de Jerusalém ser sagrada para três religiões actualmente”, acrescentou.Antes, no dia 27 deste mês, e durante um discurso na sede da ONU, o secretário-geral afirmou que o “Império Romano não só destruiu o templo em Jerusalém, mas também fez os judeus párias em muitos sentidos”.
Guterres refere-se assim ao Templo de Salomão que, segundo a Bíblia hebraica, foi o primeiro templo de Jerusalém, tendo sido destruído pelos babilónios depois de um cerco à cidade, calcula-se que em 586 a.C. A mesquita islâmica de Al-Aqsa foi construído apenas no ano 705 d.C.
A decisão da Unesco referida pelo dirigente palestiniano é do passado mês de Outubro e provocou, inclusivamente, o corte de relações entre Israel e aquela organização da ONU. Em concreto, foi adoptada uma resolução que criticava a acção israelita em redor da mesquita de al-Aqsa e na “Jerusalém de Leste ocupada”.
No texto, a Unesco refere-se sempre ao local com a denominação islâmica, o que enfureceu os israelitas.A agência chinesa falou também com um conselheiro do líder palestiniano, Mahmoud Abbas, Ahmad Majdalani, que diz que as declarações de Guterres “minam a credibilidade da ONU como órgão que deveria apoiar os povos ocupados”.
O secretário-geral deve também, defende Majdalani, “clarificar as suas observações que dá a Israel luz verde para mais medidas contra Jerusalém”.