Identidades LGBT em Israel: políticas nacionais e identidades controversas

Introdução

Nas últimas décadas, novos modos de compatibilizar religião, gênero e política se incrementaram e diversificaram entre as diferentes correntes judaicas, contestando a hetero-normatividade do judaísmo. Assim, se bem que as correntes liberais do judaísmo aceitem as identidades LGBTQ, a ortodoxia continua olhando como abominação a homossexualidade masculina. Numa expressão da heteregoneidade do judaísmo contemporâneo, a partir da década de 1990 Israel tornou-se a capital gay do Oriente Médio e um centro irradiador de cultura gay para diferentes regiões do mundo [1]. Poucas décadas depois, mais precisamente em 2017, Tel Aviv foi honrada oficialmente como uma capital vegan-friendly, sendo que, segundo as estatísticas, entre 3 e 5% da população israelense é vegana. 

De modo similar a como foi criada a categoria pinkwashing, utilizada quase que de modo exclusivo para explicar ou, mais precisamente, para condenar Israel, outra categoria se alastra para definir o fenômeno do crescimento rápido e exponencial do veganismo em Israel: veganwashing. Até o momento, neste mundo no qual estamos ansiosos por lavar as sujeiras políticas, morais, sociais ambientais e tantas outras, me parece interessante salientar algumas questões; entre elas, o fato de que nem o pinkwashing nem o veganwhashing são acusados da falsidade de suas motivações ou enganar o público propositalmente do modo em que são acusadas as empresas que fazem greenwashing. Vou trazer dois breves exemplos: a alegação que sugere que um produto é “verde” com base em um conjunto restrito de atributos sem atenção a questões ambientais mais importantes; ou uma asseveração mal definida ou tão ampla que seu significado real é provavelmente mal compreendido pelos consumidores. “Todo-natural” é emblemático dessa tática baseada na má fé porque o arsênio, o urânio, o mercúrio e o formaldeído são todos produtos naturais, porém  venenosos. “Tudo natural” não é necessariamente “tudo verde”. Conclusão, o greenwashing quase que inevitavelmente nos obriga a confrontar-nos com falácias, ambiguidades e mentiras, grandes mentiras.  

Mas quais seriam as mentiras (os pecados?) do pinkwashing e do veganwashing? Poderia insinuar-se que um indivíduo judeu transgênero em Israel passa por diversas transformações corporais só para iludir alguém? Algum outro? Algum outro percebido como inimigo? Ou que os veganos mentem ao público israelense quando desenvolvem ações ativas, outrora bastante agressivas e, no final das contas, não são veganos, são simplesmente e nada mais que vegetarianos ou nem isso? Pensando um pouco além: a decisão de mudar um estilo de vida por questões éticas (como a opção vegana) tem como causa secundária ou até principal, que as estatísticas sobre os veganos em Israel tentem convencer o mundo de que Israel é um país com um alto número de pessoas compassivas e, concomitantemente, um estado democrático que respeita os direitos humanos de todas as minorias, inclusive os dos palestinos? Há algo dúbio nestas equações, porque, de fato, os movimentos pelos direitos dos homossexuais e a luta vegana em Israel não se iniciaram como uma reação ao conflito com os palestinos. Além do mais, e como afirma Aeyal Gross [2] em relação ao movimento vegano israelense (afirmação que podemos transpor a os movimentos gays no país), “deve-se enfatizar que há muitos veganos que se opõem fortemente a qualquer forma de opressão. Para tais indivíduos, o veganismo não é um substituto para lutar contra a opressão de outros seres humanos, mas é parte e parcela dessa luta”.

Antes de analisar as superpostas e intricadas facetas do que conhecemos como pinkwashing, pinkwatching e homonacionalismo com as respectivas manipulações da liberdade sexual e de gênero pelos últimos governos israelenses, me parece instigante fazer  a seguinte interrogação: se a propaganda do Ministério de Relações Exteriores israelense, conhecida como hasbará, tem entre seus indicadores positivos diletos não só as liberdades outorgadas aos membros LGBTQ do país, mas também o número de start-ups e o de patentes criadas por pesquisadores e empreendedores israelenses, por que até hoje não foi criada uma categoria como o start-upwashing? Há algo podre no reino da Dinamarca! 

Homonacionalismo e pinkwashing: monopólio israelense?

Nos últimos anos, em diversos fóruns LGBT e queer internacionais se debateu o pinkwashing israelense, criando atritos entre diferentes grupos que apoiam e discordam da participação de delegados israelenses [3]. Os defensores do boicote aos representantes de Israel justificam seu posicionamento tendo como base a propaganda dos governos israelenses que manipulam o liberalismo existente nesse país com a população LGBT para defender Israel como o único Estado democrático do Oriente Médio. O pinkwashing israelense se expressa numa política exterior que salienta o liberalismo do país vis-à-vis as sociedades homofóbicas muçulmanas e árabes, principalmente, a Autonomia Palestina e o Irã. Em outras palavras: segundo os pinkwatchers, os governos israelenses fazem uma propaganda do país apresentando-o como uma sociedade liberal e tolerante no afã de apagar a violação dos direitos humanos nos territórios ocupados. 

Antes de dar início à discussão, é necessário mencionar alguns dados sobre a situação dos indivíduos israelenses que se enquadram em alguma identidade incluída na sigla LGBT. As relações entre pessoas do mesmo sexo foram legalizadas em Israel em 1988, embora a lei contra a criminalização da sodomia começasse a vigorar a partir de uma decisão judicial de 1963. Israel tornou-se o primeiro país asiático em reconhecer a coabitação não registada entre casais do mesmo sexo e, em 1992, qualquer discriminação em razão da orientação sexual foi proibida. Uma decisão judicial de 2008 autorizou a adoção conjunta por casais do mesmo sexo, e gays e lésbicas estão autorizados a servir abertamente no exército. Pesquisas recentes indicam que a maioria dos israelenses apóia o casamento entre indivíduos do mesmo sexo. Por sua vez, Tel Aviv tem sido frequentemente referida por editores de guias turísticos como uma das cidades gay mais amigável do mundo, famosa pela sua parada anual e pelas praias gays, o que lhe fez ganhar o apelido “a capital gay do Oriente Médio”. 

Ziv (2010: 540) resume a imagem projetada pela comunidade LGBT israelense ao mundo heterosexual como a de homens e mulheres profissionais que serviram no exército, mantêm relações afetivas duradouras e costumam ter filhos. Isto é, pessoas que seguem o modelo heterosexual normativo de respeitabilidade condizente com os valores israelenses, nos quais a maternidade e o exército são pilares fundamentais.  

No que diz respeito aos indivíduos gays árabes com cidadania israelense, eles gozam dos mesmos direitos, apesar de serem severamente punidos em suas comunidades caso manifestem abertamente a sua identidade sexual. Por outro lado, a despeito das restrições cada vez mais rígidas para a entrada de palestinos no território israelense, com a decorrente repressão daqueles que conseguem burlar os postos de controle, Tel Aviv continua sendo um polo de atração para os palestinos que se identificam como LGBT [4].

Esses dados mostram a complexidade da situação israelense e nos levam, inevitavelmente, a pensá-la a partir da interseccionalidade, isto é, a partir de uma perspectiva que leve em consideração as variáveis nacionalidade, cidadania e identidade sexual. A interseccionalidade destaca as maneiras em que múltiplas dimensões das relações socialmente construídas, a exemplo de raça, classe, gênero, capital, religião e corpo interagem, configurando diferentes níveis de desigualdade social (Crenshaw, 1989). Ser mulher negra implica uma discriminação maior que ser mulher branca; no caso que nos ocupa, ser judeu israelense gay é diferente do que ser árabe israelense gay ou ser palestina lésbica.  

Como fora mencionado, Tel Aviv é considerada um paraíso gay, mas nesse paraíso – como em outros paraísos – nem todos entram com a mesma facilidade, e alguns simplesmente não conseguem entrar. A partir dessa constatação, é relevante trazer para a discussão os conceitos de homonacionalismo e homonormatividade, apesar das críticas das quais o primeiro tem sido alvo nos últimos anos pelo reducionismo com o qual é utilizado. Puar (2013: 337) define o homonacionalismo como uma categoria analítica do Estado moderno no qual se observa uma mudança histórica significativa: a entrada em cena de alguns corpos homossexuais considerados dignos de serem protegidos pelos Estados nacionais. A autora descreve o homonacionalismo como uma homonormatividade de cunho nacional em cujo quadro entidades gays “domesticadas” fornecem munição para o fortalecimento do projeto nacionalista. Como conceito, o homonacionalismo ganhou força depois dos ataques de 11 de setembro e o recrudescimento da guerra ao terror, sendo utilizado para descrever diferentes situações em países ocidentais. Puar  (2013) acrescenta que na atualidade, o Estado não é exclusivamente heteronormativo, mas, também, homonormativo. A discussão em torno do homonacionalismo tem como objetivo destacar que o movimento homossexual já não é visto necessariamente como contestatário nem como uma ameaça à segurança do Estado, mas como um corpo integrado a ele. Finalmente, o homonacionalismo e a homonormatividade são consideradas condições necessárias para o desenvolvimento de um processo de pinkwashing.  

É interessante salientar que se bem o pinkwashing seja considerado monopólio israelense, principalmente pelas diferentes mídias e por movimentos sociais que abraçam a causa palestina e por grupos que defendem o BDS, ele nasceu como subsídio para definir diferentes países da Europa nos quais a política de direitos LGBT está integrada à direita e à islamofobia, idealizadoras de campanhas homossexuais conservadoras que distinguem entre os “bons cidadãos” e aqueles que são percebidos como uma ameaça aos valores ocidentais (Gross, 2015: 117). 

Historicamente, o movimento LGBT em Israel foi apoiado pelo partido Mertez, representante da esquerda do país, e só depois do atentado em um clube gay em 2009, o movimento recebeu apoio de partidos políticos de centro e de direita. Por sua vez, se bem que o movimento LGBT israelense esteja controlado por homens israelenses ashkenazitas, na última década houve dissidências de grupos autodefinidos queer que desafiam a ordem normativa do movimento, desconstruindo a sua estrutura que consideram baseada em identidades essencialistas. Performático e transgressor, na parada gay de 2001, o grupo Kvisá Shchorá se separou das fileiras principais e seus membros ergueram cartazes, entre os quais se destacaram: “não há orgulho na ocupação” e provocadoras inscrições nos corpos dos ativistas, a exemplo de: “somos as putas de Arafat”, “inimigos de Israel”, “feministas pervertidas”, “transgênero, não transferência”, “Palestina Livre” [5], entre outros.

Duplamente marginais, pelas suas reivindicações e pelo seu número, a lógica dos grupos queer israelenses é formulada em termos de uma relação sistemática entre diferentes tipos de opressão. Esse tipo de demonstração revela a recusa dos grupos queer em separar políticas sexuais de políticas nacionais (Ziv: 2010). De modo frontal, a partir do ano 2000, a política queer israelense se caracteriza pela tentativa de substituir categorias de identidade hegemônicas pela fluidez e hibridismo de quaisquer identidades e pela rejeição de identidades binárias monolíticas (Gross, 2015: 125).

A interseccionalidade existente no universo LGBT israelense se caracteriza pelas seguintes situações: a liberdade da qual gozam os grupos LGBT e queers judeus, a complexa realidade de gays e lésbicas árabes com cidadania israelense e, finalmente, a trágica situação dos palestinos identificados com uma das identidades LGBT que moram na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém oriental. No que diz respeito aos árabes e aos palestinos, membros de ambos os setores procuram Tel Aviv como refúgio para expressar abertamente sua identidade sexual. Entretanto, principalmente no que diz respeito aos palestinos dos territórios ocupados, a situação é extremamente complexa, já que são alvo de dois modos de repressão no que concerne à sua identidade. Em Israel são perseguidos por serem palestinos e na autonomia palestina, principalmente na faixa de Gaza, são silenciados e humilhados por sua orientação sexual. Nesse cenário, mesmo com todas as represálias das quais são objeto, milhares de palestinos identificados como LGBT procuram refúgio em Israel. No detalhado relatório realizado pela Faculdade de Direito da Universidade de Tel Aviv, com o título de Nowhere to Run: Gay Palestinian Asylum-Seekers in Israel, os autores assinalam que na Clínica dos Direitos dos Refugiados da Universidade de Tel Aviv, a partir de 2002 foram assistidos palestinos à procura de asilo político em Israel. Os autores do relatório explicam com as seguintes palavras a sua missão: 

“Nós publicamos nossos resultados primeiro porque acreditamos que é essencial que os ataques contra homens homossexuais nos territórios ocupados sejam devidamente divulgados e, segundo, porque acreditamos que os indivíduos que poderiam ser torturados ou assassinados não devem ser forçados a esperar que a paz chegue ao Oriente Médio para ser considerados aptos a pedir asilo em Israel… Nosso interesse neste assunto surgiu através de palestinos que se refugiaram em Israel. Embora as organizações palestinas nos territórios ocupados devam arcar com a responsabilidade primeira por perseguir os palestinos homossexuais, nosso principal interesse é focar a resposta de Israel para aqueles que escapam e procuram segurança no outro lado da Linha Verde”. (Kagan & Ben-Dor 2008:7) [6].

Mas Israel não só é alvo para os palestinos gays que procuram asilo político, mas, também, um polo de atração no sentido de expressar abertamente a identidade sexual de milhares deles em espaços de lazer, fenômeno que se manifesta na visita a bares e boates gays em Tel Aviv e no conhecido bar Shushan, considerado um “oásis de tolerância em Jerusalém”. Outro dado relevante é que a ONG Al-Qaws, organização palestina LGBTQ que adere ao BDS contra Israel, organiza festas, não nos territórios ocupados [7], mas nas cidades israelenses de Haifa e Yaffo, duas cidades emblemáticas da co-existência entre judeus e árabes israelenses. Não menos importante é o fato de a ONG Al-Qaws ter sido criada no marco da Open House, organização israelense para os direitos LGBT em Jerusalém.

No relatório mencionado, Kagan & Ben-Dor (2008: 11) trazem dados e depoimentos que revelam que centenas de palestinos identificados com alguma letra da sigla LGBT são pressionados a trabalhar como informantes para ambos lados do conflito: para a polícia palestina e para as forças de segurança israelenses, revelando a trágica situação dessas pessoas. Por sua vez, os grupos LGBT  e queer da Autonomia Palestina, entre os quais se destaca Al-Qaws, fazem questão de salientar que sua preocupação central é a Ocupação e não a homofobia existente na sociedade palestina, além de rejeitar as políticas ocidentais em relação a grupos LGBT e queers (Puar 2015). No Electronic intifada, esta questão aparece entre as primeiras discutidas. Literalmente:

“…a noção de sair do armário – ou a política de visibilidade – é uma estratégia que tem sido adotada por alguns ativistas LGBT no norte global devido a circunstâncias específicas. A imposição desta estratégia ao resto do mundo, sem entender o contexto, é um projeto colonial. Pergunte-nos, em vez disto, que estratégias de mudança social se aplicam a nosso contexto, e se a noção de sair do armário faz sentido para nós” [8].

A modo de reflexão final

A sociedade israelense, definida como uma sociedade de enclaves nacionais e étnico-religiosos – que também se manifestam geograficamente, a exemplo dos bairros ortodoxos, bairros seculares, cidades de judeus orientais, cidades e bairros de imigrantes anglo-saxões e russos, além da divisão mais radical entre espaços árabes e espaços judaicos – é o cenário no qual encontramos as problemáticas analisadas nestas páginas. 

No que diz respeito ao pinkwashing israelense, acredito que a exposição e análise do fenômeno – ainda que sem entrar em todos os seus desdobramentos – tenha mostrado a sua complexidade. É por esta mesma complexidade que as posições que levantam a bandeira do BDS e do pinkwashing israelense me parecem reducionistas, já que não é a partir de variáveis teóricas criadas em contextos diferentes ao israelense que poderemos compreender a situação do país, muito menos, a partir de slogans. Se um dos projetos anti-colonialistas foi dar voz aos nativos, não devemos retirar de nenhum povo em seu território o direito de falar como nativos. Por essa razão o reducionismo que se observa em alguns textos acadêmicos que descrevem a situação em Israel e na Autonomia Palestina e os alertas dos chamados pinkwatchers desembocam em uma simplificação perigosa que pouco ajuda a compreender em profundidade uma situação que tem produzido numerosas injustiças das quais são objeto os palestinos LGBT e queers, além da tentativa cínica de relativizar o liberalismo existente em Israel com as comunidades LGBT e queers. Essas abordagens pecam, como o BDS, em separar as políticas dos governos israelenses da sociedade civil do país que, como já fora mencionado, é uma sociedade multi-cultural, multi-étnica e multi-nacional, muitas vezes com interesses opostos e até contraditórios no que diz respeito a questões fundamentais. 

No seu longo artigo “The politics of LGBT rights in israel and beyond: nationality, normativity, and queer politics”, Gross (2015: 117) salienta que a evolução da política dos direitos LGBT como parte de um projeto e ideologia nacionalistas, distanciada de uma agenda progressista, não é um fenômeno exclusivo de Israel. Mas o único país a ser boicotado por essa questão é Israel.

Não é o caso de me estender aqui sobre a história da comunidade LGBT israelense. Entretanto, acredito importante destacar que apesar de existir o que se conhece como pinkwashing israelense que, reitero, é uma política dos últimos governos do país, a realidade é multifacetada e menos monolítica, exigindo mais do que slogans ou debates enviesados para apreendê-la. Consciente dessa situação, Jason Ritchie (2015: 621-622) defende a necessidade de um trabalho etnográfico para superar as distorções mencionadas ao afirmar: 

“Utilizo o trabalho de campo etnográfico em Israel-Palestina com palestinos queer para sugerir que, seja o que for que o homonacionalismo nos diz sobre como e por que circulam imagens de um Israel gay-friendly – ou sua contrapartida, imagens da homofobia palestina – com tanta frequência em centros urbanos gay da Europa e da América do Norte, isto nos diz muito pouco sobre a realidade do dia-a-dia do queerness em Israel-Palestina, e muito menos sobre a realidade da experiência dos palestinos”. 

NOTAS

[1] Na atualidade as paradas gays são feitas não só em Tel Aviv, mas em outras cidades do país, como Jerusalém e Kfar Saba.
[2] Aeyal Gross é professor de Direito Internacional da Universidade de Tel Aviv e autor de The Writing on the Wall: Rethinking the International Law of Occupation.
[3] Dados precisos sobre o boicote a grupos israelenses LGBT se encontram no artigo de Jason Ritchie, 2015.
[4] No começo do longo Relatório da Faculdade de Direito da Universidade de Tel Aviv, assinado por Michael Kagan & Anat Ben-Dor, intitulado: Nowhere to Run: Gay Palestinian Asylum-Seekers in Israel encontramos um resumo desta realidade: “Gay Palestinians are caught in the middle of the Israeli-Palestinian conflict. They are persecuted in the Occupied Territories by militant groups, Palestinian security forces and members of their own families. When they flee, they are hunted inside Israel by police who seek to return them to the territories from which they have escaped, usually forcing them to live in hiding and eventually run away again” (2008:5)
[5] Cf. Amalia Ziv “Performative Politics in Israeli Queer Anti-Occupation Activism”, 2010.
[6] Tradução do inglês da autora. 
[7] Cf. site da ONG Al-Qaws: http://alqaws.org/news/Palestinian-Queer-Party?category_id=0
[8] Cf. Eight questions Palestinian queers are tired of hearing IN The Electronic Intifada: https://electronicintifada.net/content/eight-questions-palestinian-queers-are-tired-hearing/12951 Tradução da autora.


BIBLIOGRAFIA

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Crenshaw, K. “Demarginalizing the Intersection of Race and Sex: A Black Feminist Critique of Antidiscrimination Doctrine, Feminist Theory and Antiracist  Politics”  University of Chicago Legal Forum, 1989.

Gross, A.  The Politics of LGBT rights in Israel and beyond: nationality, normativity, and queer politics”  in Columbia Human Rights Law Review, 2015.

Kagan,M & Ben-Dor,A. Nowhere to Run Gay Palestinian Asylum-Seekers in Israel, 2008.

Puar, J. “Rethinking Homonationalism” in International Journal of Middle East Studies, 45, 2013.

Puar, J. K. “Homonationalism as Assemblage: viral travels, affective sexualities” in  Revista Lusófona de Estudos Culturais, vol. 3, n. 1, 2015

Rapoport, Ch. “Judaism and Homosexuality: An Alternate Rabbinic View” in Ḥakirah, the Flatbush Journal of Jewish Law and Thought, 30, 2012.

Ritchie, J. “Pinkwashing, Homonationalism, and Israel-Palestine: The Conceits of Queer Theory and the Politics of the Ordinary” in Antipode, 47(3), 2015.

Schulman, S. “Israel and Pinkwashing” in New York Times em 22 de novembro de 2011

Topel, M. “Higos y dátiles: Las fuentes judías y la curiosa lucha de los que aspiran a una identidad múltiple: los judíos-gays-ortodoxos” in  Vibrant – Virtual Brazilian Anthropology, v. 7, n. 1, 2010.

Ziv, A. “Performative Politics in Israeli Queer Anti-Occupation Activism” in A Journal of Lesbian and Gay Studies, 16(4), 2010.

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